Mesmo em tempos de pandemia, o leite materno continua sendo o melhor alimento para a saúde infantil
Para marcar a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020 (SMAM), o Ministério da Saúde lançou, no dia 4 de agosto, a campanha publicitária “Apoie a amamentação: proteger o futuro é um papel de todos”. Celebrada desde 1992, a primeira semana de agosto é dedicada, em todo o mundo, à promoção, proteção e incentivo ao aleitamento materno.
Além disso, este mês é conhecido como Agosto Dourado, porque simboliza o incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao fato do leite materno ser o “padrão ouro” da alimentação, o alimento mais completo para o bebê e tem tudo que ele precisa para se desenvolver de forma saudável até os seis meses de vida. A partir dos seis meses, a orientação é para que o bebê continue mamando até os dois anos ou mais e seja introduzida a alimentação complementar saudável.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) recomenda a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida e o aleitamento complementar por outros alimentos até pelo menos os dois anos de idade. A campanha deste ano tem o objetivo de propor uma reflexão sobre o impacto da alimentação infantil no meio ambiente e da necessidade de apoiar e estimular o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seus habitantes.
Aleitamento durante a pandemia
Mesmo em tempos de pandemia, o leite materno continua sendo o melhor alimento para a saúde infantil. As mulheres em aleitamento materno que testarem positivo para a Covid-19 podem continuar amamentando seus bebês, desde que usem máscara.
A orientação leva em consideração os benefícios para a saúde da criança e da mulher; a ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite materno; e por não ter recomendação para a suspensão do aleitamento materno na transmissão de outros vírus respiratórios. Nestes casos, a amamentação deve ocorrer desde que a mãe deseje e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo.
No caso das mães que tenham confirmação ou estejam com suspeita de Covid-19 que não puderem ou não quiserem amamentar, devem ser orientadas por profissionais de saúde a fazerem a extração do leite materno manualmente ou por bomba.
O leite materno retirado deve ser ofertado à criança de preferência usando um copo e/ou colher limpos (pela facilidade na limpeza) pela própria mãe, se assim ela desejar e tiver condições clínicas para isso ou por uma pessoa que não tenha sinais ou sintomas de doença e com quem o bebê se sinta confortável.
Antes de qualquer decisão, a mulher deve procurar profissionais de saúde para obter orientações sobre os cuidados necessários para manter a amamentação no período da infecção pelo vírus.
Doação de leite
Quanto à doação de leite humano, a orientação é que as doadoras suspendam a prática quando testarem positivo para a Covid-19 ou se estiverem com sintomas gripais ou com pessoas da família com sintomas gripais.
Pesquisa
Os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil, de acordo com resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde. Foram avaliadas 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020. Mais da metade (53%) das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. Entre as menores de seis meses o índice de amamentação exclusiva é de 45,7%. Já nas menores de quatro meses, de 60%.
Mais informações no departamento de Saúde da AMM pelo telefone (31) 2125-2433.
Com informações do Ministério da Saúde e da ASCOM Fhemig.