Ministério da Saúde lança Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos

O Ministério da Saúde lançou, na segunda-feira (22), a Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos. O objetivo é orientar a população brasileira sobre as principais formas de transmissão da doença, também conhecida como monkeypox, recomendações para evitar o contágio, sintomas e o que fazer em caso de suspeita. A campanha é parte fundamental da estratégia do Governo Federal para combater a doença.

Com o conceito “Varíola dos Macacos. Fique bem com a informação certa”, a campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em páginas e portais da internet e redes sociais, com as informações oficiais sobre a doença de forma didática, simples e direta. Para que a informação alcance o maior número de pessoas possível, também é essencial o apoio dos meios de comunicação.

A disseminação de informações corretas é prioridade do Ministério da Saúde para evitar o avanço da varíola dos macacos no Brasil. Todas as recomendações oficiais, como prevenção, sintomas e orientações para profissionais de saúde estão em uma página especial no Portal da Pasta, atualizada diariamente, disponível em: gov.br/varioladosmacacos.

Para o enfrentamento da doença no País, o Ministério da Saúde monitora a situação epidemiológica desde o primeiro caso suspeito registrado no Reino Unido, em maio. Em julho, a Pasta ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Monkeypox (COE-Monkeypox), composto por representantes de todas as secretarias do Ministério, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O objetivo do COE é organizar a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) como resposta coordenada nas três esferas de gestão – federal, estadual e municipal. O Plano Nacional de Contingência foi divulgado no começo de agosto, com informações estratégicas para contenção e controle da doença. O Ministério da Saúde segue em esforço conjunto e tratativas para aquisição de vacinas e antivirais para o tratamento da varíola dos macacos com as entidades internacionais, Organização Mundial da Saúde (OMS) e OPAS.

Detecção de Monkeypox em animal em Minas Gerais

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS Minas) foi comunicado em 22/08/2022, por e-mail, pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), de resultado positivo para Monkeypox de exame laboratorial realizado em amostra de um cão de cinco meses que conviveu no mesmo ambiente e teve contato com um caso humano confirmado para Monkeypox no município de Juiz de Fora. Este é o primeiro relato de transmissão da doença do ser humano para animais no Estado.

O animal teve início dos sintomas em 13/08/2022, começou com prurido, apresentando lesões em pápula, pústula e crostas localizadas em dorso e pescoço. O paciente que foi contato do cão é dono do animal e iniciou os sintomas em 03/08/2022. Paciente e cão estão isolados em domicilio e passam bem, conforme informação da Regional de Saúde.

No Brasil, até o presente momento, não havia evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais ou de animais para o ser humano. Existem dois relatos no mundo, nos EUA e França, em que a potencial transmissão de humano a animal está sendo estudada.

A SES-MG e o Ministério da Saúde informam que, por ser uma doença zoonótica, existe o risco potencial de repercussões para animais susceptíveis. Sendo assim, orientam:

Que todos os resíduos, incluindo resíduos médicos, sejam descartados de maneira segura e que não sejam acessíveis a roedores e outros animais.
Que as pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Monkeypox devem evitar o contato direto próximo com animais, incluindo animais domésticos (como gatos, cães, hamsters, furões etc.), gado e outros animais em cativeiro, bem como animais selvagens.
Que as boas práticas de interação com a vida selvagem, conforme descrito acima, podem reduzir o risco de eventos futuros de transmissão de animais para humanos.
Por fim, a SES-MG destaca que o comércio não regulamentado de animais selvagens (incluindo carne e produtos de animais selvagens) pode levar à disseminação internacional de doenças.

Para mais informações, acesse: http://www.saude.mg.gov.br/monkeypox

Fonte: Ministério da Saúde