A vacina da febre amarela está indicada em todo território nacional para as pessoas entre nove meses a 59 anos de idade e é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde
Pele e mucosas amareladas, febre alta e hemorragias são algumas das complicações que a febre amarela pode causar. O vírus é transmitido pela picada de mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa para pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação, além do risco de reurbanização do contágio em áreas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. A prevenção de surtos e óbitos depende de ações preventivas, como a vacinação.
A vacina da febre amarela está indicada em todo território nacional para as pessoas entre nove meses a 59 anos de idade e é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Para se imunizar, basta comparecer a uma sala de vacinação. Esta é a principal forma de prevenir a doença.
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
- início súbito de febre;
- calafrios;
- dor de cabeça intensa;
- dores nas costas;
- dores no corpo em geral;
- náuseas e vômitos;
- fadiga e fraqueza.
A maioria das pessoas melhoram após estes sintomas iniciais. No entanto, aproximadamente 15% apresentam um breve período sem sintomas (até um dia) e, então, desenvolvem as formas graves da doença, que podem levar ao óbito.
Ao identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem ou atividade com exposição em áreas rurais ou de mata nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Informe também se você recebeu a vacina contra febre amarela e, se possível, leve a Caderneta de Vacinação com informações detalhadas.
Prevenção
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para as crianças menores de cinco anos de idade, estão indicadas uma dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos.
Transmissão
A febre amarela possui dois ciclos de transmissão: a silvestre, quando acontece entre macacos ou mosquitos e o homem se infecta acidentalmente ao frequentar áreas rurais ou de floresta; e a urbana – sem registro no Brasil desde 1942, quando o homem é o hospedeiro principal e o Aedes aegypti é o vetor primário.
Entre julho de 2021 e maio de 2022, foram notificadas 1.093 epizootias (ocorrência em animais) suspeitas de febre amarela, das quais 25 (2,3%) foram confirmadas por critério laboratorial. No mesmo período, 4 casos da doença foram confirmados em humanos. A transmissão do vírus entre primatas foi registrada no Pará, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cenário que sinaliza a circulação ativa do vírus nesses estados e o aumento do risco de transmissão aos humanos durante o período sazonal. Os casos humanos confirmados tiveram local provável de infecção no Pará e em Tocantins.
Macacos não transmitem febre amarela
Eles são importantes sentinelas nas regiões onde o vírus está circulando. Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa da morte foi de fato a doença. Este trabalho já aciona alerta de cuidado com as pessoas, antes que estas adoeçam. Informe um profissional ou serviço de saúde da sua localidade, se encontrar macacos mortos ou doentes.
Mais informações com a assessora técnica de Saúde da AMM, Juliana Marinho, pelo telefone (31) 2125-2433.
Fonte: Ministério da Saúde
Foto: Agência Brasil