A necessidade de construção de políticas públicas mais eficazes para garantir cada vez mais a inserção e o protagonismo de jovens na sociedade, principalmente neste momento de vulnerabilidades impostas pela pandemia de Covid-19, bem como a instalação e fortalecimento de conselhos e planos municipais da Juventude (CMJ), marcaram nesta quinta-feira (12/8) a tônica dos primeiros debates da Semana Estadual das Juventudes, cujo tema neste ano é “O lugar das juventudes em um mundo de transformação”. Transmitida on-line pelo YouTube e Facebook da Sedese e, também, pelo Portal SER-DH, os três primeiros eventos contaram com a participação de mais de 2.000 pessoas.
Promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o evento busca estimular a participação dos jovens no processo de decisão política e o fortalecimento da cultura de paz, dos direitos humanos e das igualdades fundamentais, garantindo principalmente o acesso de jovens à educação de qualidade e ao mercado de trabalho.
Para o subsecretário de Direitos Humanos da Sedese, Duílio Campos, a Semana Estadual das Juventudes é uma promoção de debates sobre esse público, criada pela Lei 22.143, de 2016, que busca promover as múltiplas percepções sobre as questões que envolvem os jovens, por meio de palestras, seminários e conferências, de forma a contemplar a perspectiva juvenil na gestão de políticas públicas, desde o planejamento à sua execução e avaliação.
“Temos a honra de contar em nosso evento com atores e organizações da sociedade civil, gestores públicos, estaduais, municipais e federais, professores e pesquisadores com renomada produção nos temas de juventude, além da ilustre presença de autoridades das pastas de juventude. Este governo adota uma postura que busca contemplar a diversidade de opiniões e valores que existem no seio da sociedade e, para tal, está fazendo um evento ainda maior do que no ano passado, no sentido de trazer múltiplas perspectivas para enriquecer o debate”, afirma Duílio Campos.
Isla Rosa, presidente do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), salientou que o evento é uma conquista dos jovens, onde os anseios, dificuldades e ambições podem ser colocados sob um holofote e debatidos, principalmente em relação ao acesso e construção de políticas públicas. “Temos muito a construir para as jovens e os jovens de Minas Gerais, tendo em vista que a principal legislação para o público, o Estatuto da Juventude (Lei 12.852), é nova, fez 8 anos agora em agosto. Então é com alegria que vemos esse espaço para o jovem estar em pauta dentro do debate público, junto com o conselho, gestores e sociedade civil. Esperamos que os frutos desse evento sejam sentidos e apropriados por todas e todos jovens mineiros”, enfatizou.
O coordenador estadual de Políticas para Juventude da Sedese, Paulo Martins, destacou a importância da parceria do Cejuve, em uma ação conjunta, para garantir a realização do evento. “Parceria essa que, para além da Semana das Juventudes, vem ajudando a garantir os direitos desse público”, disse, salientando que, especialmente neste ano, o mundo vem passando por intensas transformações, o que impacta diretamente as relações das pessoas principalmente com a economia e com o trabalho.
O presidente do Conselho Nacional da Juventude, Marcus Barão, enfatizou que neste momento de pandemia as desigualdades se revelaram ainda maiores entre os jovens, com o aumento do desemprego, ampliação da evasão escolar e as diferentes formas de discriminação e preconceito. “Quando a gente fala de lugar das juventudes, sem sombra de dúvidas é no protagonismo, na revolução e na resistência, porque quando a gente olha a história deste nosso país, não teve um momento sequer de resistência, de revolução e de transformação que as juventudes não participaram de uma maneira significativa”, disse.
Marcus Barão defendeu a retomada do ensino presencial e da economia, com foco na inclusão produtiva dos jovens. “Precisamos pensar em políticas de acolhimento dos jovens, que têm sido impactados na sua saúde, em reforçar a política institucional de juventudes, com o fortalecimento dos conselhos estaduais de juventude, de conselhos municipais e a criação de planos municipais e estaduais, bem como a efetivação do Sistema Nacional de Juventude”, enfatizou.
A gestora do Centro Regional de Juventude (CRJ), Samira Ávila Theiss Vocaro, parabenizou tanto os jovens quanto a Sedese, da Coordenadoria e do Conselho da Juventude pela realização deste evento. “Mais do que nunca vejo a necessidade de encontros como esse serem realizados para fortalecer a pauta da juventude, que deve ser reconhecida como categoria social com demandas específicas no orçamento de políticas públicas, para pensar os jovens como sujeitos de direitos. A Semana fortalece a necessidade de colocar as juventudes, principalmente as mais vulnerabilizadas, no centro do debate”, salientou.
No painel da tarde, Políticas Públicas de Juventudes: um horizonte em construção, tivemos a participação do deputado Zé Guilherme (Presidente da Comissão de Esportes, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa), de Allyson Henrique de Araújo (morador de Ribeirão das Neves e Oficineiro de Danças Urbanas do Programa Fica Vivo!), de Ana Luiza Cícero (militante da UJS BH, estudante de psicologia e coordenadora do projeto Una-se contra LGBTFobia), de Érika Soares Martins (Jovem do Quilombo Faceira- Chapada do Norte e técnica da CEPIR/Sedese), de Thiago Santos (Presidente da UJS de Contagem, Conselheiro do Cejuve e do CRJ – RMBH), de Rayssa Lemes (Conselheira do Cejuve pela UNE e Diretora de Políticas Públicas da UEE) e de Douglas Cabido (Subsecretário de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico) onde foram debatidos temas sobre a educação, esportes, trabalho, emprego e renda para as juventudes plurais.
A programação completa do evento, que vai até dia 18, cuja abertura foi mediada pelo jornalista João Viegas, da Assessoria de Comunicação da Sedese, você confere na página da Semana das Juventudes no Portal SER-DH: .
