“O verdadeiro ateliê do artista é a cabeça dele”. A frase é do artista visual mineiro Fernando Pacheco, que dá vida ao documentário a ser exibido no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, nesta quarta-feira (02/08), às 20h. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados uma hora antes da exibição na bilheteria do cinema.
Com mais de 60 mostras individuais realizadas e aproximadamente 20 prêmios recebidos ao longo da carreira, a trajetória, o pensamento artístico e a obra do são-joanense podem ser conferidas no longa-metragem documental “Fernando Pacheco – Atelier em Movimento”.
Dirigido por Fernando Batista, da Noir Filmes, e com trilha sonora de Alexandre Lopes, o trabalho evidencia o processo criativo do pintor e traz imagens dos diversos ateliers ocupados pelo realizador ao redor do mundo. O filme documentário apresenta depoimentos de diversas personalidades do meio artístico, cultural, intelectual e literário brasileiro, como o do compositor e letrista Márcio Borges, do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, do letrista e poeta Murilo Antunes, do crítico de arte e cineasta Olivio Tavares de Araújo e do artista plástico Carlos Bracher.
Além desses nomes, o trabalho ainda traz falas dos artistas plásticos Décio Noviello e Miguel Gontijo, do escritor e editor José Eduardo Gonçalves, do poeta Tonico Mercador e da jornalista e escritora Dulce Tupy. Para Fernando Batista, diretor do trabalho, o filme busca apresentar ao público a importância da criação e as linguagens estéticas a que se debruçou Fernando Pacheco. “Como diretor e também roteirista, procurei seguir uma narrativa em cima do processo criativo do artista. Não é uma obra que conta a história de vida do Pacheco, é uma obra que procura mostrar as inspirações artísticas do protagonista”, explica Batista.
Fernando Pacheco, de 74 anos, já dedicou mais de 60 anos de sua história às artes visuais. O realizador, que tem na intuição umas das principais ferramentas para o desenvolvimento de sua criação, não separa sua vida particular do ofício de artista. “Não consigo separar minha arte e a minha trajetória enquanto pessoa, é uma coisa só. No documentário, isso fica muito evidente. As pessoas vão ter a oportunidade, ao ver a película, de conhecer meu pensamento artístico, que também conduz minha vida particular”, afirma Pacheco.
O longa-metragem documental apresenta ao público as seis décadas de contribuição à cultura e às artes promovida por Fernando Pacheco. “A importância do Pacheco nas artes é notória. Um artista multifacetado, antenado com as coisas atuais e com um tipo de traço que o coloca em um seleto time de artistas consagrados. Basta olhar para uma obra dele que com pouca análise se observa a autoria. Um grande artista mineiro com uma bela história no mundo das artes”, pontua o diretor do filme, Fernando Batista.
De acordo com Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, exibir um filme sobre um dos mais importantes artistas visuais mineiros demonstra a pluralidade e o caráter formativo da programação da Fundação Clóvis Salgado. “Reforçamos com a exibição do documentário a interdisciplinaridade artística das atrações e eventos promovidos pela instituição. Além disso, reafirmamos nosso compromisso em oferecer à população um panorama importante da cultura e das artes em Minas Gerais por meio de nomes que fizeram e fazem história no campo intelectual e artístico do estado”, explica Miranda.
Cine Humberto Mauro
Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K.
Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento.
O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.
Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.
A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Serviço
Documentário Fernando Pacheco – Atelier em Movimento
Data: 2/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: livre
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão
Fonte: SECULT MG