Durante reunião do movimento municipalista nacional com o ministro da Economia, Paulo Guedes, realizada por videoconferência neste domingo, 29 de março, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), 1º vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, pediu mais atenção do governo federal para os pequenos e médios comerciantes que não foram incluídos no programa de apoio financeiro e que, segundo ele, são fundamentais para a economia local e estão sofrendo com as vedações estabelecidas pelo governo.
“O socorro que o Ministério e o governo federal estão dando para os empreendedores, estou muito satisfeito, quero agradecer em nome dos prefeitos, porque somos diretamente afetados por isso, mas ficou um vácuo. Tem um programa que socorre para pagar o salário das empresas que tenham faturamento acima de R$360 mil anual e tem o que socorre o empreendedor individual, com R$600 reais por mês”, ressaltou.
Segundo Julvan, essa parcela da população sem auxílio afeta a vida dos municípios pequenos significativamente. “Ficou de fora uma fatia muito grande, considerável, principalmente para nós, das pequenas cidades, que é aquele pequeno comércio que emprega duas, três pessoas; que é o vendedor que sai pra fazer venda direta, para essa fatia ainda não vimos nada que possa socorrê-los e vai ser uma fatia muito impactada”, disse.
Conforme dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 16,2 milhões de empresas e empreendedores ficam fora do programa O Brasil possui 6,5 milhões de microempresas e 9,7 milhões de microempreendedores individuais.
Ministro aprovou sugestão
Em resposta, o ministro Paulo Guedes destacou que não há porque excluir o pequeno empresário desses empréstimos e dessas possibilidades. “Acho que foi mais preocupação com os bancos, porque eles preferem lidar com clientes maiores, mas sendo dinheiro público, da Caixa Econômica Federal e BNDES, eu acho que não tem que ter limite nenhum. Qualquer brasileiro que tem um pequeno negócio merece ser ajudado. Gostei muito da sua sugestão”, respondeu. O ministro garantiu que levaria a questão ao fórum adequado, e também ao Banco do Brasil.
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