Leste de Minas permanece na onda vermelha do Minas Consciente, quatro regiões do estado avançam para onde amarela

Região Nordeste, única que ainda estava na onda roxa, também teve melhora e progride de fase

Os resultados das medidas restritivas impostas pela onda roxa em Minas Gerais já podem ser sentidos na prática. Nos últimos 14 dias, o Estado teve queda de 38% na incidência da covid-19. Na última semana, a redução foi de 13%. De acordo com o Informe Epidemiológico do coronavírus desta quinta-feira (29 de abril de 2021), até o momento, foram notificados 1.351.739 casos confirmados de infecção humana pela Covid-19, em Minas Gerais, com registro oficial de 33.401 óbitos confirmados. Estão em acompanhamento 75.851 casos e são 1.242.487 casos recuperados. Nas últimas 24 horas, foram 8.847 casos e 416 óbitos confirmados.

A melhora nos indicadores possibilitou que, após 45 dias em fases mais restritivas, quatro macrorregiões avancem para a onda amarela do plano Minas Consciente, permitindo medidas mais flexíveis para abertura do comércio e outras atividades.  A decisão foi tomada nesta quinta-feira (29/4) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia no Estado.

As regiões Norte, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha poderão seguir as normas da onda amarela a partir de sábado (1/5), após publicação no Diário Oficial de Minas Gerais. Também avançam para a amarela as microrregiões de Curvelo, Patos de Minas, João Pinheiro, Carangola, Muriaé, Ubá, Cássia/Passos, Piumhi e São Sebastião do Paraíso. As localidades apresentaram quedas sustentadas na positividade e na incidência, além de redução na espera por leitos.

A macrorregião Nordeste também teve melhora nos indicadores e avançou para a onda vermelha do Minas Consciente. Assim, nenhuma região mineira se encontra na onda roxa, criada como medida emergencial em março para restabelecer a capacidade assistencial do sistema de Saúde.

Melhora

O governador Romeu Zema ressaltou que, embora ainda seja extremamente necessário manter os cuidados sanitários para evitar a propagação do vírus, o cenário é de melhora em todo o Estado e reflete o esforço dos mineiros nas últimas semanas.

Vacinação

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que a vacinação já foi responsável por uma queda considerável no número de óbitos, especialmente nas faixas etárias que receberam as duas doses.

“A proporção de óbitos por faixa etária mostra a eficácia da vacinação. Desde março, quando a população acima de 90 anos recebeu imunidade total após a segunda dose, a proporção de mortes desse grupo está caindo. A nossa expectativa é de que a faixa entre 60 e 79 anos, que hoje equivale à maior taxa de óbitos, também tenha queda expressiva com a segunda dose”, explicou.

Baccheretti lembrou ainda que os jovens estão se expondo mais e, com a nova cepa mais contagiosa, a doença teve aumento de incidência nessa faixa etária. “É fundamental que os jovens redobrem os cuidados até que a vacinação atinja todos os grupos”, orientou.

Até agora, o Estado enviou 6,1 milhões de doses de vacina contra a covid-19 aos municípios, na maior operação de vacinação da história de Minas Gerais.

Municípios

As cidades com menos de 30 mil habitantes também apresentaram queda na incidência da covid-19 por duas semanas seguidas. Nesta quinta (29/4), 75 municípios tiveram incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes e podem progredir automaticamente de onda, independentemente da situação da região em que se encontram.

Vale lembrar que nenhuma macro ou microrregião pode sair da onda roxa diretamente para a onda amarela, sendo necessário, obrigatoriamente, passar pelo menos uma semana seguindo as medidas da onda vermelha.

Atualmente, 670 municípios estão aderidos ao Minas Consciente, o que representa quase 79% do estado, contemplando 12,5 milhões de mineiros.

Cirurgias eletivas

Durante a reunião do Comitê Executivo Covid-19, nesta quinta-feira, também ficou decidido que as cirurgias eletivas continuarão suspensas até o dia 30/6, seguindo os moldes da onda roxa, até que haja estoque de medicamentos e anestésicos necessários para a intubação.

O grupo estuda a possibilidade de retorno gradual durante esse período, permitindo, por exemplo, aquelas cirurgias que não utilizam os medicamentos do kit intubação.

O secretário de Saúde também lembrou que Minas tem recebido insumos e que é possível que, antes desse período, o Estado consiga restabelecer um estoque seguro de medicamentos.

Mais informações com a assessora do departamento de Saúde da AMM, Juliana Marinho, pelo telefone (31) 2125-2433.

Via: AMM